TRAUMA DENTÁRIO: SALVE SEU DENTE
A prioridade em um trauma é avaliar se houve um traumatismo na cabeça associado ao trauma dental; sempre observar se a criança está consciente, sem tontura ou vômito.
Se a criança apresentar alguma alteração neurológica, tontura ou vômito devemos procurar um atendimento emergencial em ambiente hospitalar.
"Lembre-se: a prioridade é o trauma de
cabeça, depois o trauma dental"
Se o trauma for só dental, você poderá seguir os passos abaixo:
- Observar a área afetada, se o dente fraturou, avulsionou (quando o dente sai completamento do osso) ou se este intruiu (quando o dente traumatizado entra na gengiva);
- Orientar a criança a morder um rolete de gaze (se estiver com sangramento ativo);
- Aplicar gelo (com ajuda de um pano) no local, se apresentar inchaço e/ou sangramento;
- Tentar localizar o dente ou o pedaço que fraturou (principalmente se for permanente);
- Se o dente for encontrado, segure-o pela coroa, nunca pela raiz;
- Não é necessário lavar o dente (risco de traumatizar a raiz);
- Colocar e manter o dente em frasco com leite (preferencialmente);
- Quanto mais rápido ocorrer o atendimento pelo dentista, maior a possibilidade de êxito;
- Verificar a vacinação contra o tétano (orientar os pais);
- Encaminhar imediatamente ao cirurgião dentista.
ATENÇÃO: todo
trauma dental deve ser avaliado pelo
dentista, a lesão pode não parecer importante
quando observada a boca da criança, mas uma avaliação pelo profissional e até a
realização de um RX poderão indicar a gravidade do problema.
Se ocorrer AVULSÃO (quando o dente sai inteirinho do osso), devemos proceder de maneira diferente dependendo se for dente de LEITE ou PERMANENTE:
- DENTE PERMANENTE: Se tiver coragem, introduzir o dente no local avulsionado. Caso contrario, coloca-lo em um recipiente com leite.
- DENTE DE LEITE: NÃO recolocar o dente. Pode comprometer o germe do dente permanente que está dentro do osso.
CURIOSIDADE
Por que colocar o
dente avulsionado em um copo com leite?
Muitas pessoas acreditam que essa
prática é uma crença popular, mas não é. Um estudo realizado pela Profa.
Juliana Vilela Bastos, da Universidade Federal de Minas Gerais, avaliou os
fatores genéticos e clínicos associados a cicatrização de dentes implantados.
Link do trabalho: https://www.ufmg.br/online/arquivos/026078.shtml
Dra. Tatiana Prado Ortega
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